CRÍTICA: Curse of Chucky

Curse of Chucky, lançado ontem nos EUA em Home Video, conta a história do famoso boneco assassino após tudo que aconteceu. Dessa vez Charles Lee Ray voltou mais uma vez para se vingar de algo que o atormentava há bastante tempo, algo intimamente ligado a sua origem e ao seu passado. O início mostra Nica, paraplégica, sofrendo por causa do “suicídio” da mãe após receberem um pacote misterioso com o boneco. Assim, a sua irmã e a família desta vão visitá-la, para resolver certos assuntos. Mas após Nica dar o boneco de presente para a pequena filha da sua irmã, Alice, assassinatos começam a acontecer, e assim o filme se desenrola da mesma maneira que os outros clássicos.
Não se pode reclamar exageradamente desse filme, ele fez um papel relativamente bom ao continuar os anteriores. O roteiro não pode ser considerado original, já que esse e todos os outros filmes seguem a mesma história-base, porém parecem ter investido muito mais nos efeitos sonoros dessa vez... E até a direção de Mancini impressiona que ele tenha também usado técnicas incomuns de enquadramento e de travelings. Pelo jeito, isso está ficando bastante popular hoje em dia em filmes de terror. Logo logo não serão mais “incomuns”. E o clima do filme é muito mais sombrio que os anteriores e aparentemente foi feito para uma audiência mais nova e jovem.
Ao mesmo tempo que ele explica e introduz mais uma vez a história de Chucky, ele continua sem estragar os anteriores. Este, todavia, possui uma coisa que provavelmente decepciona a todos. Muitos esperavam que fosse mais violento, mais gore... ;) Em relação a atuação, com certeza podia ser melhor. Esse é um ponto que eles poderiam ter investido mais, todavia isto não faz do filme algo “inassistível”. Mas o que deixa a desejar (na verdade decepciona) é o próprio boneco. Quando se ouviu a primeira vez que eles iriam fazer outro filme do Chucky, acreditava-se que as expressões do próprio boneco e seus movimentos fossem parecer mais realistas. E como dessa vez a intenção deles não foi fazer algo cômico e sim algo mais dark, esperava-se algo melhor do que o último filme do Chucky, feito em 2004 (Filho de Chucky). Essa afirmação não diz que ele seja mal feito, na verdade só afirma que poderia ser melhor feito do que realmente foi.
Até na própria conversa da pequena Alice com o boneco no final do filme foi possível perceber certo “erro” entre a interação do boneco junto a garota. Durante o filme também foi possível perceber onde eles usaram o boneco ou CGI (durante a filmagem de ângulos ao nível do chão) e onde usaram um humano para a filmagem (durante a filmagem de ângulos superiores). Mas isso é algo que somente alguém extremamente crítico perceberia e se incomodaria.
Enfim, finalizando a crítica, Planeta Terror indica a todos aqueles que querem reviver os clássicos de Chucky, mas aconselha que não esperem muito do filme, pois irá decepcionar a alguns. Vale lembrar que aqueles que assistirem ao filme devem ficar até os créditos, pois terão uma surpresinha após eles.