CRÍTICA | ANIMAL (2014)


Começando com os créditos iniciais em preto sobre branco e com uma fonte alá John Carpenter, não foi difícil presumir que o filme trataria de uma homenagem aos clássicos filmes de criatura, como 'O Enigma de Outro Mundo' de Carpenter.


Mas logo o filme mostra a sua cara, e para a minha decepção, se tratava de algo muito esquisito e sem propósito.

'Animal' conta a história de cinco jovens muito unidos, que se encontram presos em um território desconhecido e perseguidos por um predador sedento por sangue. Escondidos em uma cabana isolada, as tensões começam a ficar pesadas quando segredos são revelados. Com a contagem de corpos aumentando, o grupo decide colocar suas diferenças de lado e lutar pela sobrevivência.

Como sou alguém que constantemente se lembra dos clássicos filmes em que pessoas se perdem em uma floresta e se deparam com algo que parece ter saído de algum dos filmes de Spilberg, eu esperava algo mais relevante ao se tratar da premissa de Animal, que por via é muito mal explorada e por vezes se mostrou mal explorada durante vários momentos. Coloque jovens inseguros e fúteis dentro de uma floresta a noite, com uma criatura sedenta por sangue atrás deles e apenas uma velha cabana na floresta como refúgio, alguém aqui está tendo um Déjà vu?

Como se não bastasse o enredo péssimo, o que temos também é um "nada mais, nada menos" filme sobre dois punhados de personagens indescritíveis esperando pacientemente a sua vez de ser comido vivo por um monstro com nenhum propósito para rasgar a carne humana dos indivíduos.

As únicas razões de "Animal" ganhar qualquer aspecto positivo é porque visualmente, a criatura do filme parece ser realmente ameaçadora com suas garras e dentes afiados. A criatura criada por Gary J. Tunnicliffe é, inegavelmente, a estrela do show, e com razão, e a cinematografia de Scott Winig, que merece aplausos também. Iluminação da floresta durante à noite não é barato e nem fácil de se fazer, e é por isso que tantos filmes de baixo orçamento ficam em uma qualidade horrível ao final de todo o processo de pós-produção. Aqui, Winig competentemente dá ao "Animal" o brilho de um filme decentemente rodado na floresta com todo o seu dinheiro, isto permanece estampado desde o começo.

Eu não sei o que é mais surpreendente para um filme de terror lançado em 2014. Que seis produtores estavam confiantes neste casca vazia de uma ideia regurgitado, sendo um filme satisfatório com 80 minutos de entretenimento. Ou que levou dois escritores para redigir um roteiro que não inclui  sequer mesmo uma história.

Vale um pouquinho pelo gore...